Olhos Vivos
Ção Pestana

Espaço Mira, Porto
24 de novembro a 5 de janeiro de 2019

CONVITE DA EXPOSIÇÃO

PRESS RELEASE

Na exposição “Olhos Vivos” Ção Pestana apresenta quatro peças produzidas especificamente para o Espaço Mira: Olhos vivos (2017), Olhos vivos K (2018), ambas imagens digitais manipuladas, Olhos vivos Y (2018), instalação com bobines de madeira pintadas e leds e Olhos vivos W (2018), instalação vídeo-performance em tempo real, nas quais aborda alguns dos conceitos sobre os quais tem vindo a refletir desde que começou a trabalhar no final da década de 70 – denúncia do corpo público/corpo político, as relações de poder, a marginalização.

Ção Pestana tem vindo a desenvolver um projeto onde questiona a perceção destes conceitos e a possibilidade da sua representação - isto é, mais do que direcionar a sua pesquisa para questões exclusivamente formais ou visuais, interessa-lhe concretizar obras que remetam para um leque variado de experiências e sensações.

BIOGRAFIA

Assunção Pestana nasceu no Funchal, em 1953.

Artista visual e professora universitária.

Possui bacharelato em Cine-Vídeo (1986), licenciatura em Arte, Arqueologia e Restauro/DESE (1990), mestrado em História Ibero Americana (1996), doutoramento em Didática e Organização Educativa (2011).
Na qualidade de investigadora na área artística tem participado, como palestrante, em diferentes congressos e publicado em atas/artigos nos domínios da das Artes Visuais, TICS e Educação Artística.

Em 1975/1978, Ção Pestana inicia a sua intervenção pública e artística no CAPC e no Coletivo GICAPC/CAPC.
Em 1979, com a exposição "Anéis de Vénus", no CAPC, inicia o se percurso artístico individual. Com Wolf Vostell mantém uma ligação de trabalho duradoura: participa e coopera em diferentes eventos do Museu Vostell, realizando vários trabalhos no domínio da performance, dos quais se destacam: “Como Tu Boca” (1979)/“Comidas Portuguesas”(1979).
Foi membro do grupo Inter-Criatividades, CAPC, entre 1979-80.
Foi membro do “VídeoPorto”, grupo de videastas no Porto.
Ganha o prémio de videoarte portuguesa da Fundação Calouste Gulbenkian, em 1986, com a obra “Alternâncias”.
Bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian, em 1987, em Madrid.

Realiza varias exposições individuais, das quais destacamos “Anéis de Vénus”, CAPC, “Vénus/Ção”, CAPC, “Ária II”, Galeria Árvore e "Refuseds", Fábrica Social – Fundação José Rodrigues, e participa em exposições coletivas: “Artistas Portugueses de Hoje”, Museu de Arte Moderna de S.Paulo, Brasil, “50 Anos de Arte Portuguesa”, Museu Calouste Gulbenkian, “Uma questão de Género”, Edifício Axa, Porto, “30 Anos da Bienal de Vila Nova de Cerveira, Exposição dos Artistas Premiados”, “Line Up. As Esposas da Arte”, Conferencia - Performance, CAPC, “Horizonte Móvel-Uma Perspectiva sobre as Artes Plásticas na Madeira 1960-2008”, Museu de Arte Contemporânea do Funchal, “Experiência da Forma II”, Museu de Arte Contemporânea do Funchal, “Espacio P. 1981-1997”, Centro de Arte Dos de Mayo, Madrid (2017), LABoral Centro de Arte, Gijón (2018) e TEA - Tenerife Espacio de las Artes, Ilhas Canárias (2018). Participa em várias edições da Bienal de Vila Nova de Cerveira.

A sua obra integra as coleções do Museu de Arte Contemporânea do Funchal, do Espacio P. (Pedro Garhel), Madrid, e Museu da Bienal de Vila Nova de Cerveira.

A sua obra reescreve a iconografia feminina. Ção Pestana reflete sobre o tempo, a memória, as relações de poder, a marginalização, a tortura e as questões de género. Intervenciona os registos visuais das suas performances, (re)criando, assim, novas peças.
A influência da Ciência no seu trabalho (Ção Pestana começou por estudar Medicina) é visível na utilização de elementos próprios dessa área: trabalha com caixas de Petri nas quais coloca, por exemplo, soluções de glicose e bolor juntamente com pedaços de fotografias.
Desenvolve performances, presenciais e/ou registadas em diferentes suportes, nomeadamente a performance “Alternâncias”, que recebe uma Menção Honrosa na III Bienal de Vila Nova de Cerveira, em 1982.
Desenvolve vários trabalhos em vídeo, com destaque para a peça “Alternâncias”, com composição sonora de Aldo Brizi, com a qual ganha o prémio de videoarte portuguesa da Fundação Calouste Gulbenkian, em 1986.

Em 2005 foi homenageada pelo Projecto I.M.A.N..
Participa em diferentes Bienais de Vila Nova de Cerveira, como por exemplo: a 15ª Bienal, em 2008, com a instalação “Imagens Cínicas”, sobre a questão da relação entre imagem e memória (obra pertencente ao Museu de Vila Nova de Cerveira); a 16ª Bienal de Cerveira com a instalação “Welcome”, constituída por uma réplica de um cabine de votação; a 19ª Bienal, com "Infras 1/2" (fotografia digital) e a 20ª Bienal com "Telegénic", em 2018.

VISTAS DA EXPOSIÇÃO
Cortesia Espaço Mira

© José Filipe de Alexandre © José Filipe de Alexandre © José Filipe de Alexandre © José Filipe de Alexandre © Patrícia Barbosa